É algo de que nos escondemos, e que enfrentamos como crianças. Como crianças que se escondem do escuro, que tapam a cara, porque o escuro mete medo, como a verdade. Chega disto.
É bom voltar às origens, e entender que sabemos encarar a verdade, como se tivéssemos esse dom adormecido em nós, a precisar de ser estimulado. É bom sentirmo-nos onde realmente pertencemos, e com pessoas que nos pertencem igualmente.
Noites de conversa fiada, sorrisos desentorpecidos.
A alma assente num propósito seguro, de quem defraudou a bem o que se afigurava impensável de contornar, passando por cima, primeiro um pé e depois o outro.
A proximidade engana, e depois magoa. Os sentimentos confundidos são a mais tenaz armadilha do coração, e por mais que nos julguemos imperturbáveis, calha-nos sempre a nós ter de lidar com eles.
Não escondo a verdade. Simplesmente engulo-a, como quem engole um sedativo ineficaz.
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Como eu percebo bem este texto! E como ele se pode perfeitamente aplicar ao que ando a viver agora...
"A proximidade engana, e depois magoa. Os sentimentos confundidos são a mais tenaz armadilha do coração, e por mais que nos julguemos imperturbáveis, calha-nos sempre a nós ter de lidar com eles." Meu Deus, é tão "isto"...
A proximidade engana, sim. O pior é quando confundimos amor com amizade ou simples respeito. Aí a nossa cabeça entra num turbilhão de pensamentos contraditórios e faz-nos não saber como agir, se agir. E, quando se é fraco e inseguro como eu, faz-se o pior: fica-se parado, simplesmente sem saber o que fazer. É triste.
"Não escondo a verdade. Simplesmente engulo-a, como quem engole um sedativo ineficaz." É lindo e volta a ser "isto".
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