sábado, junho 04, 2005
Quebramos

Enquanto a inocência reina, não guardamos com o devido cuidado tudo aquilo por que passamos, reagimos com indiferença, extasiados pelo momento. Nem damos conta de um singelo sorriso, só quando quebramos. Quando quebramos, acusamos a dor, e abrilhantamos o passado. Só depois percebemos como foi grande, e como nos trouxe uma calma especial. Mágico, talvez assim consiga resumir-me.
E faço acreditar-me que dei o melhor de mim, e que não errei em nada. Mas não consigo moldar-me a tal julgamento. E sobretudo, não consigo fugir da essência humana, porque todos erramos.

No tecto ainda se reflectem vários retratos e traços, que roubei ao tempo. Vejo-os, escapa-me um sorriso, e acomodo-me à saudade dos dias que vão passando e dos que já passaram. E reduzo-me a isso.

As memórias ocupam-me os dias, e torno-me cansativo para os que comigo convivem. E vejo-me de novo sem palavras para uma drástica viragem naquilo que quero mostrar.

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pelo Miguel às 3:43 da tarde | aqui |


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