Desejamos a atenção de quem nos rodeia, mas nunca em excesso, não. Ficarmos dependentes de uma ou mais pessoas não nos favorece, antes pelo contrário. Estarmos sujeitos à sua piedade e vontade, só nos limita o nosso espaço e o nosso humor.
E quando nos olhamos por fora, não nos revemos na pessoa que é delineada pelos nossos dedos perfeccionistas, vemos outra pessoa completamente destroçada, e atada a memórias, passados bonitos e esperanças corrompidas ao tom do tempo.
Quando nos debruçamos sobre o querer, não nos assustamos com a presença da necessidade, a razão única de tudo. Estamos assim, só porque necessitamos de um carinho, e estamos bloqueados pelo preconceito que assombra a carência de um ser humano.
Round here, we all look the same..
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o que, no fundo, queremos é que nos olhem, que possamos olhar os outros e que ninguém se tenha de pertencer. olhar, ter, ser, mas nunca possuir. porque isso, parece-nos, estraga.
mas por fim, acabamos sempre por pertencer, por possuir.
e acaba por não fazer mal nenhum. apenas assusta. e muito!