Pelo dançar das vidas nas minhas mãos, asseguro-te que por aqui as coisas não são fáceis. E a nossa facilidade em tornar essas coisas tão ou mais abstractas que a própria palavra, tem-se revelado a nossa faceta mais consistente.
A lucidez de cada um tem de ser construída filtrando aquilo que tivemos de melhor e de pior, há que saber erguer sempre a cabeça, criar defesas. Assim crescemos ao nosso ritmo, sem criar dependências, com os percalços calculados com antecedência. Eu fui auto-didacta assim.
A incongruência com que os dias nos escapam é demasiada. Dão-me motivação, mas falho na hora de esculpir o objectivo. Sinto-me cada dia mais vulnerável, e menos capaz. É quando mais julgamos ter atingido um patamar de estabilidade que damos a maior queda, sempre foi o que me chegou aos ouvidos, sempre foi o que dei por certo. Sempre, sempre, sempre.
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Nem imaginas tu o sentido que estas palavras me fazem. E como sempre, sempre, sempre... estar-se-á preparado para se dormir sobre os assuntos mal resolvidos. Cair até ao máximo e de maneira alguma resitir à queda. Aproveitá-la, olhar para o percurso que se faz, as pessoas que se encontram connosco pelo caminho e depois, amanhã talvez... nascer outra vez. Porque sim, por sobreviver. Há que encontrar alguma coisa menos má em tudo. E, Miguel, até no meio do caos se encontra ordem. Obrigada pelas palavras.
Resto de dia feliz e abraço, menino.
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