A velocidade a que as cores passam à frente dos meus olhos, não me deixa pensar em muito mais. Há pessoas na rua, a esta hora da manhã, há pessoas na rua. Rotinadas pela piedade da vida, ou quem sabe, à procura do silêncio de uma manhã igual a tantas outras, onde o sol surge por entre as imponentes amalgamas de cimento e nos dá alento para não tropeçarmos mais na nossa incongruência adolescente. Gosto de ver as pessoas desta maneira, de lhes atribuir histórias, personalidades e atitudes. E tenho um estereótipo muito bem definido daquilo que gostaria de vir a ser, um dia.
É engraçado quando estamos a meio-termo, quando não nos damos por mal, nem por bem. Quando não nos arrefece. As memórias ficaram de parte por uns dias, e é bom viver desancorado do passado, dos pedaços de discurso e tudo o mais que seja significante. As responsabilidades deixam-nos à parte disso.
Finalmente, e espero que definitivamente, consigo tempo para aqui continuar a escrever, e que falta me fez. Muitíssimo Obrigado por todos os comentários de apoio.Etiquetas: escritos
Gostei deste texto.
Quanto ao segundo parágrafo... percebo tão bem! É esse "estar a meio-termo" que tenho vivido.
Porque, sim, o andarmos ocupados, aterefados faz-nos pensar menos em tristezas.