Afinal nada muda. Aliás, mudam os intervenientes, mas a história é sempre a mesma. Contada aos ouvidos da mesma pessoa, que repete de novo as mesmas palavras de conforto, pensando que só as iria usar naquela vez, naquela maldita vez em que os olhos choraram lágrimas que julgava presas para sempre à alma, dessa vez desprenderam-se e não mais retornaram. Andam agora por aí à solta, à espera de uma época de bonança para voltarem a bom porto.
No entanto essas palavras rodam hoje e sempre na minha cabeça, são sempre as mesmas, mas sabe sempre bem ouvi-las.