Quero ir a França!
Era lá que eu gostava de estar.. Quero ir para lá! Aquilo é um grande país!
Ninguém me quer fazer companhia?
Viva as francesas!
Viva a Lagos!

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Dizem que finjo ou minto
Tudo o que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração

Tudo o que sonho ou passo,
O que me falta ou finda,
É como um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.

Por isso, escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!


Fernando Pessoa, Isto


Simplesmente genial.

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Passo noites em branco a relembrar a primeira vez que te toquei, foi tão especial.. parecia que já tinha feito aquilo dezenas de vezes.
E num ápice vejo-me sozinho, sentindo a tua falta, esperando que um dia voltes para acalentar esta alma tão sedenta de atenção e carinho.

Foste tão especial, mas ao mesmo tempo tão efémera.

Nunca hei-de de esquecer o brilho do teu sorriso, o calor do teu beijo e a suavidade das tuas mãos.

Hás-de estar sempre aqui, bem aqui no fundo

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Vivo num presente recheado de recordações.
Todos nós temos momentos em que nos emergimos no passado, a nossa cabeça afoga-se em tudo o que já passamos de bom e permanecemos nostálgicos durantes minutos eternos. Imagens e palavras que nos marcaram são reproduzidas no nosso sub-consciente até ao dia em que outro momento nos marque, e aí.. Aí novas imagens e novas palavras surgirão para encher ainda mais a nossa cabeça.
Eu vivo todos os dias à espera de um momento que retire importância à sequência de imagens e palavras que passam e repassam na minha mente. Tudo aquilo que recordo diariamente é dono de uma carga emocional tão forte.. Flashes ofuscantes rasgam o meu pensamento, o olhar abatido e parado foca um objecto inerte e repentinamente fecho-me no meu mundo, baseado no passado, repleto de situações inesquecíveis. Quando dou por mim, caio na realidade, dura e crua.. Sinto um aperto no coração, como se uma mão o estivesse a apertar muito forte, o que estava a recordar é algo pouco provável de voltar a acontecer, solto um suspiro inocente e prossigo o meu caminho.


Quando o presente está recheado de recordações passadas, o futuro tem de ser vivido de recordações presentes.

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Não tenho palavras. Não tenho vontade de as ter. Não me apetece escrever uma única.

Estou demasiado exigente comigo mesmo.

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Agora é tempo de me sentar e relembrar. Abstendo-me de tudo o que me rodeia foco o meu olhar em algo e solto um sorriso inocente.. Estou provavelmente a relembrar-me de algo que se passou nestas férias. É fascinante conseguir num mês esquecer-me por momentos do que me atormenta, e viver experiências diferentes e das quais hei-de sentir falta durante o resto do ano. Sinto falta de tudo aquilo: o sol ofuscante, o mar gelado e acalmante, o vento forte que nos transmite a sensação de estarmos vivos, as noites ao relento e ao som das ondas a engolirem a areia, que nos levam para outro mundo bem longíquo num simples fechar de olhos, é assim que me sinto bem, era assim que queria ficar o ano todo.

No entanto tudo desvanece num abrir e fechar de olhos e estas emoções vividas, passam agora a recordações duradouras que hão-de permanecer no meu pensamento durante muito tempo. Tudo acaba num instante, dando agora lugar ao caos da cidade, aquela entropia enervante vai agora voltar a fazer parte da rotina de uma pessoa que ficou habituada demais a uma vida bastante mais próxima do ideal

No meio de tudo sobra simplesmente um "adeus e até à próxima" que faz com que a esperança de voltar, nem que seja passado muito tempo, se mantenha bem presente todos os dias.

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Pois é, estou de volta após umas merecidas férias. Acabaram-se as noites de conversa a fio, as noites que acabavam na praia a ver o nascer do sol, acabou-se. Agora começa a ser a sério.
Depois de mais umas experiências alcoólicas bem sucedidas, parece que vou ter de retomar os meus índices de consciência o mais rápido possível e voltar à rotina diária.

Talvez venha a postar fotos que demonstrem a loucura das minhas férias.

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