Num dia estás bem, no outro estás de rastos. Mas a culpa não chega a ser culpa de ninguém, porque no fim de contas andamos todos aqui para o mesmo.
Tu és o que pareces ao mundo, não há mudança. Ninguém é verdadeiramente genuíno, isso já não é destes tempos. O que tentamos é inovar, é apelar ao instinto para imaginar o mais desejável e segui-lo. E se o alcanças alguma vez, não interessa mais nada, já lá chegaste, já és mais que muitos outros iguais.
Por isso, cada vez mais vejo o nosso tempo em Vida como um tempo sozinho, em que nos tornamos no que idealizamos. E depois ninguém mais nos pode tocar.
É isso.
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E existem dias, que se acorda normal. À tarde surge uma felicidade maior do que o corpo consegue suportar. Depois com o crepúsculo há um vazio, uma dor que não parece nada real. Um dia torna-se num mês. Parece que existe bipolaridade nos dias. Acredito na mudança como acredito na genuidade… mas ela anda a brincar às escondidas. Enquanto respiramos um pouco de alienação diária.
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