quinta-feira, março 20, 2008
tu és o que pareces ao mundo

Nestas merdas, nada é linear.
Num dia estás bem, no outro estás de rastos. Mas a culpa não chega a ser culpa de ninguém, porque no fim de contas andamos todos aqui para o mesmo.

Tu és o que pareces ao mundo, não há mudança. Ninguém é verdadeiramente genuíno, isso já não é destes tempos. O que tentamos é inovar, é apelar ao instinto para imaginar o mais desejável e segui-lo. E se o alcanças alguma vez, não interessa mais nada, já lá chegaste, já és mais que muitos outros iguais.

Por isso, cada vez mais vejo o nosso tempo em Vida como um tempo sozinho, em que nos tornamos no que idealizamos. E depois ninguém mais nos pode tocar.
É isso.

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pelo Miguel às 4:15 da manhã | aqui |


4 Comments:


  • At quinta-feira, março 20, 2008 11:08:00 da tarde, Blogger Andreia

    E existem dias, que se acorda normal. À tarde surge uma felicidade maior do que o corpo consegue suportar. Depois com o crepúsculo há um vazio, uma dor que não parece nada real. Um dia torna-se num mês. Parece que existe bipolaridade nos dias. Acredito na mudança como acredito na genuidade… mas ela anda a brincar às escondidas. Enquanto respiramos um pouco de alienação diária.
    *

     
  • At sábado, março 22, 2008 11:56:00 da manhã, Blogger Eleanor Rigby

    Admito que te devia umas visitas... e o arrependimento assombrou o meu ser quando li este teu texto.

    Mts parabens. O tempo muda muita coisa, mas ainda não conseguiu mudar o prazer de vir aqui e ficar deslumbrada com o que escreves.

     
  • At quarta-feira, março 26, 2008 11:51:00 da tarde, Anonymous Anónimo

    é, é isso...

     
  • At quinta-feira, abril 03, 2008 9:06:00 da tarde, Blogger Rita

    sou? és? arrisco-me a duvidar, porque parece-me que os olhos do mundo se tornaram demasiado pérfidos; distorcem a maior parte das visões.

    gosto destas tuas conversas contigo mesmo ou com outro alguém qualquer, tenho de te dizer.


    beijinho em ti, Miguel. e obrigada pelas palavras. *