terça-feira, outubro 09, 2007
o imprevisto

Lembro-me de atravessar as ruas de Lisboa só com música nos ouvidos, nem ouvia os passos de todas as pessoas que me cruzavam a sombra.
Gostava de observar os hábitos.
Na rua estão todos alheios ao que se passa, com a cabeça noutro sítio. Muito além. Mas todos têm uma história diferente para contar se quisermos perguntar.
E adorava imaginar as vidas de todos. Só naquela observação sucinta, gostava de me recriar em histórias sem fim. E vivia muito assim.
Tinha muitos sonhos, e sobretudo muitas vontades. De conhecer sítios e gentes diferentes.

Há que medir o que nos cabe nas mãos.
Porque a idade não nos espera mais à frente, enquanto recuperamos fôlego do último atraso que tivemos.
Vivemos assentes no imprevisto, a mim é isso que me move. O imprevisto.

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pelo Miguel às 12:10 da manhã | aqui |


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