Gostava de observar os hábitos.
Na rua estão todos alheios ao que se passa, com a cabeça noutro sítio. Muito além. Mas todos têm uma história diferente para contar se quisermos perguntar.
E adorava imaginar as vidas de todos. Só naquela observação sucinta, gostava de me recriar em histórias sem fim. E vivia muito assim.
Tinha muitos sonhos, e sobretudo muitas vontades. De conhecer sítios e gentes diferentes.
Há que medir o que nos cabe nas mãos.
Porque a idade não nos espera mais à frente, enquanto recuperamos fôlego do último atraso que tivemos.
Vivemos assentes no imprevisto, a mim é isso que me move. O imprevisto.
Etiquetas: escritos
Acho que, muitas vezes, as vidas dos outros são os nossos subterfúgios a confrontarmo-nos com os nossos pequenos "fantasmas"!è sempre um prazer acompanhar-te na tua escrita!
abraço
walter