sábado, junho 23, 2007
21

É impressionante como as relações se quebram e as pessoas se desconhecem. Isso não devia fazer parte da natureza humana. Como se separam e se desfazem depois de tão compactas. Talvez o problema seja pensarmos demasiado à frente. Vivermos com um pé à frente, sem aproveitar o instante. Porque se aproveitarmos para parar um pouco, vemos toda a magia que nos está a passar ao lado. Mas não. Ainda hoje revi mais um pedaço. Lembrei-me de mais um sorriso. E de cachecóis e boa disposição.

Tenho mais um ano em cima. 21 agora. E quando faço o balanço, quando me peso, sinto-me mais pessoa, mais prático e mais frio. E é tudo. Tenho demasiadas coisas a ocuparem-me a cabeça e ainda não me apercebi bem da dimensão do que se passa à minha volta.

Não posso acrescentar muito mais à rotina das minhas palavras.

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pelo Miguel às 7:44 da tarde | aqui |


6 Comments:


  • At domingo, junho 24, 2007 10:51:00 da tarde, Anonymous Anónimo

    ja nao sei como é que cheguei ao teu blog. nem sei se irás ler este comentário. mas os teus textos provocam em mim um impacto tão barulhento que nao poderia nao comentar. soas a alguém magoado, saudoso, que aprendeu a viver com um bocado dentro de si que já não lhe pertence porque ainda pertence a outra pessoa. ou entao é assim q interpreto o que leio, porque talvez seja eu assim. nao sei. so sei que me consegues fazer estremecer um bocado, que me puseste a tentar arranjar o 'united states of leland' a todo o custo, que fazes com que os meus dedos quando ligo o pc me conduzam até aqui e que provocas em mim um bichinho cheio do desejo secreto e utopico de um dia me cruzar contigo algures por ai. bem fica aqui a minha admiração e um beijinho de.. parabens? ya, pode ser. parabens pelas palavras.

     
  • At segunda-feira, junho 25, 2007 12:52:00 da manhã, Anonymous Anónimo

    ou talvez o problema seja as coisas, as pessoas, mudarem qnd menos estamos a espera e mudarem todas em momentos diferentes. ha smp algo q fica pa tras e q nao consegue acompanhar a mudança. e nem sempre a culpa é nossa.

     
  • At domingo, julho 01, 2007 6:57:00 da tarde, Blogger Synne Soprana

    Concordo ctg.. E por vezes também dou por mim a pensar na temporalidade das relações.. Parece que têm um prazo de validade e com o termino dessa data as pessoas deixam de se conhecer..

    Bjs!

     
  • At terça-feira, julho 03, 2007 9:50:00 da manhã, Anonymous Anónimo

    A mim assusta-me a facilidade com que as pessoas se deixam. Pergunto-me se o problema é meu, mas, na verdade, como podia não me assustar? Precisam uns dos outros para se sentirem bem e mal se cansam de uma característica, de um defeito, de uma qualidade!, desaparecem. Nem precisam de grandes explicações. Desculpa: não precisam de qualquer explicação, efectivamente. Basta ir embora. Depois disto, e talvez seja este o meu real problema, eu acho que o adeus deve ser eterno. É que, bem... irritam-me ainda mais aqueles que frequentemente não percebem que assinaram a sentença de morte da relação. Não… voltam, como se nada fosse (ou como se fosse só um bocadinho), mostram vontade em restabelecer laços, limitam-se a dizer que tiveram saudades, como se fosse a frase uma chave pronta a abrir, novamente, o coração do outro. E tentam entrar, imediatamente. Nem se apresentam com tempo a perder; querem, esperam ter. Eu já me deixei levar. Para depois cair novamente. Quando desaparecem uma vez, geralmente não há remédio: é para sempre.
    Aquele ritual acontece quando não se é crescido, quando as pessoas não se importam de cair no ridículo, voltando a tentar – ainda que tudo pareça perverso, ainda que doa terrivelmente (para o abandonado e para quem abandonou, estando agora dividido, confuso e perdido, eu acredito). Crescer (neste aspecto) talvez seja compreender que não há solução, que seria inútil re-tentar, que é melhor raciocinar e pensar em «let's not shit ourselves». Então desiste-se. Chora-se a aquecer o leite com chocolate ou quando se dá o primeiro passo para fora da cama, de manhã, enfrentando-se um novo dia. Mas é tudo em silêncio. Porque se ficou grande, porque se percebeu o absurdo do mundo, a ineficácia do círculo vicioso. Enfim.

     
  • At terça-feira, julho 03, 2007 9:24:00 da tarde, Anonymous Anónimo

    hmm parabens..(mt atrasados.eu sei.)...a faculdade não me tem deixado respirar mt....
    é realemnte assustador, como sem nos darm-mos conta por vezes nos tornamos mecânicos, frios e deixamos sem sequer dar conta.mudamos qd mens queremos, mas de certo qd mais precisamos.nada acontece por acaso (dizem por aí)
    beijo*

     
  • At terça-feira, julho 10, 2007 8:27:00 da tarde, Blogger Lu Soares

    Ola!
    Há muito que não vinha cá e sinto que tenho perdido com isso.
    Sobre o post que aqui deixas,vivi metade da minha vida a pensar que era um ser de outro planeta,
    já me desgatei muito com algumas amizades. Ás vezes entregamo-nos demais a certas pessoas e, por esperar o mesmo, acabamos comprometendo a relação. Acho que isso é em todo relacionamento. Por isso resolvi mudar. Decidi que a partir de agora quero do meu lado pessoas que gostam, confiam em mim e sei que posso contar a qualquer momento. Que não me julgam, mas sim aconselham, mostram o caminho, apontam os meus defeitos e entendem as minhas angústias, mesmo sem concordar com elas.E cada um desses amigos sabe o quanto é importante na minha vida.

    Beijo

    Lu