segunda-feira, março 19, 2007
reinvenção

Dou por mim a escrever sobre promessas, olhares, tristezas, momentos, amor, tudo coisas suaves ao olhar de quem lê, com muito já escrito e muito ainda por escrever. Por isso, por vezes acho bem parar para tentar reinventar um bocado o que escrevo, e o que quero escrever. Escrevo porque são conformidades e atitudes que me deixam curioso, e que procuro compreender exactamente como surgem e o que significam.

Os sentimentos surgem com a mesma facilidade com que são quebrados, e aqui entra a teoria das rotinas que eu defendo: com tanta gente a quebrar sentimentos, acabamos por nos desfazer de toda a sensibilidade que tínhamos ao simples começar e acabar de uma relação, acabamos por banalizar o desenvolvimento e o fim de uma relação de partilha, que supostamente seria eterna.

O que é que se passa com as pessoas? Ninguém parece ter medo de ser deixado para trás, todos se apresentam muito calculistas, sabem até onde podem ir, decoram o que vão dizer e concentram-se no que nunca devem pronunciar, no fundo, reduzem-se a seres amestrados sem liberdade própria. Sinceramente? A mim mete-me medo, muito. Porque eu nunca vou querer ser assim, e todos os dias o evito.

Já não se vivem mais aqueles dias de emoção, e as pessoas de coração acelerado. Bolas.

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pelo Miguel às 10:59 da tarde | aqui |


5 Comments:


  • At terça-feira, março 20, 2007 11:29:00 da manhã, Blogger Walter

    Tens ai uma suposiçao que acaba por ser tendenciosa...supostamente seriam eternas, nao concordo com isso!sou a favor do sao eternas enquanto duram e que essa eternidade se traduza em intensidade e partilha!
    Tens razao, as relaçoes banalizaram-se mas o segredo disto é apostar nas nossas relaçoes!
    Nao tenho duvidas que tu sabes como fazer isso!:)
    abraço
    walter

     
  • At terça-feira, março 20, 2007 8:56:00 da tarde, Blogger -

    Oh, Miguel...

     
  • At quinta-feira, março 22, 2007 12:09:00 da manhã, Anonymous Anónimo

    a mim ja me disseram q me deixo levar mt plo q tou a sentir e q depois acabo smp por cair. eu ca nao me importo de cair, a coisa nao era a msm se nao houvesse uns joelhos esfolados uma vez por outra... e ha por ai muito boa gente q nao se devia importar com umas esfoladelas.

     
  • At domingo, março 25, 2007 2:56:00 da tarde, Blogger c.bruno

    Cada vez mais é assim... Ainda existirá amor verdadeiro? Daquele que não se importa de se magoar, se valer a pena?

     
  • At sábado, abril 14, 2007 1:09:00 da manhã, Anonymous Anónimo

    Bem, Miguel, revi-me imenso. Nos sentimentos que tão subitamente se alteram, no pouco que as pessoas se deixam entregar porque não esquecem nunca, nem à partida, nem nos começos, nos apaixonados inícios, que tudo é efémero. Na facilidade de andarmos para a frente, porque sim, ao banalizarmos, ao aparentar retirar o valor e a importância, é mais fácil deixar para trás. As pessoas não se ligam. Não se conectam. E já houve tempos, longíquos tempos em que havia ligações impressionantes. Em que as pessoas não era preguiçosas, não eram "independentes", não eram egoístas a viverem só consigo. Dizem que o que mudou foi termos crescido. Dizem que nos torna mais insensíveis, menos dados. Talvez. Mas custa-me acreditar, aliás, aceitar que já não há volta a dar.

    Não vinha aqui há bastante tempo. Gostei mesmo de voltar!

    Um beijinho,

    Marta