quinta-feira, abril 22, 2004
Confidente

A Noite passada dei por mim à janela a pensar em não sei quê. Ao fundo via as luzes da cidade agitada, mas naquele momento estava um ambiente tão tranquilo, que até temia quebrar o silêncio que ali se tinha instalado mais uma vez. Mas era a minha vontade, gritar, gritar desesperadamente, até ficar sem voz. Já não aguento mais.
O vento da noite irrompeu pela minha alma e tomou conta de mim, tornou-me pensativo. Tentei encontrar-me, mas em vão, os meus sentimentos não mudam, o que sinto não se altera com o passar dos dias.





É assim que eu a vejo, é assim que ela é, a minha confidente eterna. Sem querer menosprezar os meus amigos, confidentes de carne e osso.
Aquele sofrimento que teima sempre em voltar, quando ele volta, sei aonde ir, sei com quem ir ter, com ela, ela nunca me nega, está lá sempre para mim e para quem precisar dela.. Mesmo assim nem todos compreendem a sua beleza da mesma maneira, eu compreendo à minha maneira, e é assim que defendo que a vida era impensável sem um momento de reflexão só proporcionado por ela.

Ela, a Noite.

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pelo Miguel às 8:23 da tarde | aqui |


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