E não me arrependo disso,
Só não compreendo a sua espontaneadade,
E inquietante veleidade.
Deu-se.
Fui feliz, e recordarei
esse sorriso já tão gasto,
por palavras que um dia sacralizei.
Deu-se.
Despi-me de preconceitos,
esqueci o passado,
e rendi-me à tua perfeição,
em noites para recordação.
Deu-se.
Por momentos,
pude mostrar ao mundo o meu sorriso,
falar-lhe de coisas que senti como nunca tinha sentido,
e sorrir, sorrir sem receio...
Num sorriso que julgava irremediavelmente perdido.
Deu-se.
E Levo-te a ti, para sempre comigo...
Miguel Faria
02/03/2004
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