Hoje relembrei-me de promessas absurdas que deixamos decalcadas numa qualquer conversa informal.
Agora choro perante este papel com letras cheias de significado, com letras que dão à manivela e te projectam na parede branca pregada dos nossos clichés eternos.
O cliché é uma palavra tão nossa.
Serão momentos que eu te juro a pés juntos, não mais voltar a esquecer, e até talvez a viver.
E conheces melhor maneira de relembrar toda essa efemeridade num tempo redondo, do que aproveitar uma noite de insónia calculada para escrever este texto?
Assustas-me pela força que tens. Pela vontade. Pela certeza de cada palavra que sai de ti. Pelo controlo que tens dos movimentos, do que se passa à tua volta. Pela harmonia dos teus sentidos. Pela resposta razoável, sempre pronta na ponta da língua.
É isto que sinto, tudo o que escrevi até hoje.
Agora é a tua vez.
Sê frontal.
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