Pelo dançar das vidas nas minhas mãos, asseguro-te que por aqui as coisas não são fáceis. E a nossa facilidade em tornar essas coisas tão ou mais abstractas que a própria palavra, tem-se revelado a nossa faceta mais consistente.
A lucidez de cada um tem de ser construída filtrando aquilo que tivemos de melhor e de pior, há que saber erguer sempre a cabeça, criar defesas. Assim crescemos ao nosso ritmo, sem criar dependências, com os percalços calculados com antecedência. Eu fui auto-didacta assim.
A incongruência com que os dias nos escapam é demasiada. Dão-me motivação, mas falho na hora de esculpir o objectivo. Sinto-me cada dia mais vulnerável, e menos capaz. É quando mais julgamos ter atingido um patamar de estabilidade que damos a maior queda, sempre foi o que me chegou aos ouvidos, sempre foi o que dei por certo. Sempre, sempre, sempre.
Etiquetas: escritos