Deitei-me na cama e olhei para o tecto. Ao carregar no interruptor uma escuridão reconfortante apoderou-se do meu quarto, a única luz que entrava, passava por entre os buracos das persianas. Sentia-me bem, à vontade, é em alturas destas que mais me ocorrem diversos textos, frases, palavras, etc.. é aí q penso e guardo tudo para mim, é aí que choro e liberto as emoções, e era aí que ontem à noite eu estava.. O meu pai viu que ainda estava acordado, entrou e perguntou se eu precisava de alguma coisa, eu respondi que não.

Mas preciso, aquilo de que eu preciso, ele não me pode dar, e pelo que já percebi vai ser difícil alguém me dar. Preciso dum abraço, uma demonstração de carinho.. Algo que aos olhos de muitas pessoas é muito comum.. Algo tão simples, mas de que eu sinto muita falta há muito tempo.

Algumas pessoas chamam-lhe carência, eu acho uma palavra demasiado forte, para designar o que eu sinto.

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