Eu gosto de sonhar.
Mas critico-me por esse gosto desmedido.
Faço tudo. Delimito horizontes imaginários, invento atitudes.
O meu quarto às escuras é o teatro dos meus sonhos. Um pano de lona, com cheiro a naftalina, cobre a realidade, serve de cenário para o que aí vem. Num palco degradado, pactuo sozinho com o subconsciente fértil em situações supostas perfeitas.
Está lançada a peça. Depois é só sonhar até o corpo desfalecer num curto sono até à manhã seguinte.
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Eu também gosto de sonhar, de criar histórias perfeitas em que sou a protagonista, de imaginar o que gostaria que acontecesse e com quem isso aconteceria. O pior é que acabo sempre por me iludir e depois cair, mas pior ainda é que é inevitável deixar de fazê-lo. Sou uma constante sonhadora.
Não é um gosto desmedido, é mesmo uma necessidade, porque nos faz sentir bem.
Continua a sonhar... essas histórias podem-se tornar realidade.*